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domingo, 18 de agosto de 2013

Florestas. Belíssimos pulmões da Terra... por quanto tempo?

Hoje o meu espírito está pouco poético, dou comigo a enervar-me em cada dia que ligo a TV e reparo que grande parte dos noticiários mostram incêndios, mortes de bombeiros e de florestas, perdas de bens e a angústia no rosto de quem passa por esse inferno.
Pergunto-me porque é que os governantes não criam programas reais e comparticipados a fundo perdido, para a limpeza e conservação das florestas durante os meses do ano em que as temperaturas são mais baixas. 
Os estabelecimentos prisionais estão repletos de homens e mulheres capazes de trabalhar, esses programas seriam ideais. 
Quem com carácter de permanência recebe subsídios de rendimento mínimo e de reinserção, provavelmente estará também em condições de poder trabalhar.
Se nos Ministérios diagnosticam a existência de funcionários públicos em excesso (provavelmente serão todos aqueles que entraram por outra via que não a do concurso público), havendo-os, porque não serem também aproveitados para trabalhar nesses e noutros programas, a bem da Nação?  
E afinal são aos milhões os euros que inevitavelmente acabam por ser gastos em todos os Verões, no combate aos incêndios, no pagamento de indemnizações por perdas de vidas e bens.
Bem diz o ditado "mais vale prevenir que remediar".
A mesma TV não tem dado conhecimento da aplicação de penas exemplares a incendiários ou aos seus mandantes, nem faz evidenciar o manifesto interesse por parte da justiça e das forças de segurança na investigação e busca destes criminosos.  
O sentido de cidadania parece só ser usado para reclamar, enquanto cada cidadão for pouco cumpridor e sentir pudor em denunciar todos os atropelos que vê serem feitos à sua volta, entre outros, à natureza, ao trabalho, aos impostos (fuga), Portugal continuará a ser um país muito pequeno...  

mariam, 2013/08/18